
Zuenir ventura autor de grandes clássicos da história, publicou mais uma vez uma obra fantástica: 1968, o ano que não terminou.
De forma emocionante, Zuenir nos conta os conflitos e emoções vividos naquela época fazendo uma brilhante reconstituição daquele ano e nos mostra que 68 não acabou.Foi apenas o começo.
1968 foi tema de varias revistas, jornais , documentários e estudos, principalmente no Brasil , França, Estados Unidos e Alemanha.
Nesse ano os manifestos estudantis eram maiores que os políticos ,havia uma grande luta por vários temas como raça, sexo, cultura, costumes e o alvo principal eram as autoridades, que eram contestadas o tempo todo pelos jovens.
O autor do livro tem uma importante tese sobre o assunto, ele afirma que o ano de 1968 senão foi um ano de exemplo,nos deixou uma lição.
Os jovens saiam as ruas e debochavam do governo, a tecnologia avançava,o rock chegava no seu auge, os princípios morais da igreja e da sociedade eram questionados.A pílula anticoncepcional foi inventada, o sexo agora era livre, o mais cruel de todos os atos institucionais foi decretado.
‘’SEJAMOS REALISTAS, FAÇAMOS O IMPOSSIVEL’’ a frase que embalou uma geração inteira, não foi apenas lema das passeatas estudantis, Em 68 negros e pobres lutavam por um mundo menos racista, feministas queriam que as mulheres tivessem os mesmos direitos que os homens, as pessoas queriam se livrar de um governo militar autoritário e jornalistas, intelectuais e operários acabaram dando força aos movimentos estudantis.
Em seu livro, Zuenir descreve com uma perfeita precisão os fatos que viveu na época. Um deles é a morte do estudante Edson Luiz. Na tentativa de controlar as manifestações feitas pelos estudantes, policiais não se importavam em agir com violência. E em março de 1968, o estudante foi morto por policiais um pouco antes de ir para uma passeata. O enterro do estudante reuniu mais de 50 mil pessoas e gerou uma grande revolta. No sétimo dia da morte, a policia cercou a igreja de Nossa Senhora da Candelária para evitar novas passeatas, com medo de mais violência, estudantes e padres deram as mãos e fizeram duas correntes, onde ficava claro que a igreja católica estava do lado dos estudantes.
68 foi também um grande ano para a musica, Os Beatles , os rolling Stones decolavam nas suas carreiras e Roberto Carlos, aos 28 anos era considerado REI.
A mudança de varias gerações começava ali.E o ano de acontecimentos políticos e culturais ficaria marcado por varias décadas.
“Havia um ar estranho: a revolução inesperada arrastara o adversário, tudo era permitido, a felicidade coletiva era desenfreada.” - Antonio Negri
2 comentários:
ô menina!! obrigada! de coração! eu já tinha passado pelo seu um dia desses, mas não li nada pq não tive tempo. pra não mentir, li sim :) e foi a postagem em que vc exibe a sua carta de demissão. OOW achei tão legaaal que deu até vontade de fazer uma e deixar pronta pra um dia pedir demissão do meu atual estágio usando algo parecido aiuahuiahoaua
adorei mesmo!
aí eu vi seu comentário no meu blog e fui clicar no link do seu, só que eu vi o seu perfil e adoreeei tb!! muito bom! super criativo e interessante, aí me deu vontade de passar aqui pra ler suas postagens. voltarei com certeza!!
;*
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